Por Marina Sequinel e Luiz Henrique de Oliveira
(Foto: Reprodução/RPC TV)
A Justiça do Paraná afastou quatro vereadores e o diretor-geral da Câmara de Cantagalo, na região central do estado, no último dia 15. Eles são suspeitos de desviar o pagamento de diárias entre 2013 e 2014, totalizando R$ 356 mil.
“Eles recebiam o dinheiro sob o pretexto de que viajariam, geralmente para a capital, para tratar de assuntos locais, mas não saíam de Cantagalo ou iam para outros lugares. Provas indicam que cerca de 90% de todo o montante utilizado para pagar as diárias foram apropriados pelos investigados”, explicou o promotor Diogo de Araújo Lima, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em entrevista à Banda B nesta terça-feira (19).
Segundo ele, as denúncias foram confirmadas por meio da análise de telefonemas e relatórios das praças de pedágio, por onde os vereadores teriam que passar se realmente estivessem viajando pela Câmara.
Entre os casos destacados pela promotoria, está uma diária marcada para o dia 27 de fevereiro, sábado de Carnaval. “Nesse dia, o investigado deveria estar em Curitiba, mas nós analisamos o trajeto e descobrimos que ele nem parou na capital, foi direto para o litoral catarinense. Um segundo parlamentar foi para Itapema em outra ocasião”, completou o promotor.
Em delação premiada, o ex-presidente da Câmara de Cantagalo afirmou, ainda, que parte do dinheiro desviado era destinado para financiar uma fazenda, que pertencia a uma sociedade feita pelos investigados.
Os vereadores afastados e que tiveram os bens bloqueados são: Rudimar Vagliatti (PSC), Valmir Siqueira (PTB), Volmar de Souza (PPS), Isaac Abreu (Solidariedade), além do diretor-geral da Câmara, José Abil Abreu Pontarolo. O salário dos parlamentares do município é de R$ 3,4 mil, de acordo com o promotor. Eles devem responder por peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.
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