quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Sogro que matou jovem alega que filha de 15 anos ficou grávida após estupro

Um novo capítulo no caso de repercussão nacional, relatado pela Banda B nesta quarta-feira. O produtor rural suspeito de matar um jovem de 21 anos em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá (MT), disse em depoimento à Polícia Civil que cometeu o crime porque sua filha, uma adolescente de 15 anos, foi vítima de um estupro. O genro pretendia assumir a criança ao lado da menor de idade, grávida de sete meses, mas durante uma conversa os ânimos se alteraram e Lucas Ferreira Batista foi morto a pauladas.
(Foto: Reprodução Facebook)
Amigos e familiares garantem que existia um relacionamento entre Lucas e a adolescente, porém a família da garota conta uma história totalmente diferente. Em entrevista ao Portal G1, o delegado responsável pelo caso, André Luis Barbosa, disse que o jovem teria colocado uma espécie de droga na bebida da menina, durante uma festa, e aproveitou que ela estava desacordada para realizar o estupro.
“A adolescente alegava que tinha sido vítima de estupro. Ela disse que foi a uma festa, sem o consentimento dos pais, e lá consumiram bebidas alcoólicas. Em um certo momento ela perdeu a consciência e acordou com dor nas partes íntimas. Alguns meses depois ela percebeu que estava grávida. O agressor [Lucas] ficou sabendo e foi tentar assumir o filho. Eles já pretendiam assumir a criança, mesmo sabendo que era fruto de uma violência sexual”, explicou o delegado ao G1.
Lucas queria assumir um relacionamento com a adolescente, porém os pais não permitiam contato dele com a garota. Em uma situação que se arrastou por cinco meses, a informação é que o jovem, no dia do crime, pretendia sequestrar a menor de idade, de acordo com a polícia.
Ainda durante o depoimento, o sogro alegou legítima defesa, porque teria sido espancado por Lucas. “Eu percebi que é uma família muito correta e antes mesmo disso [do crime] eles já pretendiam assumir a criança e estavam dispostos a criá-la, mesmo sabendo que ela era fruto de uma violência sexual”, afirmou o delegado ao G1.
O caso foi enquadrado como homicídio privilegiado, quando a pessoa age sob forte emoção. Ele vai responder por homicídio doloso (quando pessoa assume o risco da sua ação). A polícia agora pretende confirmar o estupro, ouvindo Conselheiros Tutelares envolvidos no caso.

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