quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sheik por contrabando
Jogador foi absolvido em processo em primeira instância.
Procuradoria pede revisão e diz que atleta tinha consciência de crime.
Emerson Sheik é acusado de contrabando
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal a condenação do jogador do Corinthians Márcio Passos de Albuquerque, o Emerson Sheik, por contrabando. O atleta já havia sido absolvido em primeira instância no processo, que respondia por ter comprado uma BMW de uma empresa envolvida em um esquema de importação ilegal.
O juiz da 3ª Vara Federal Criminal considerou que o atacante não sabia que estava adquirindo um veículo irregular. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, pois acredita que Sheik tinha consciência do crime que estava comentendo.
No recurso de apelação, o MPF afirma que Emerson pagou um valor abaixo do mercado e transferiu o valor diretamente para a exportadora dos Estados Unidos, apesar de o veículo ter sido importado pela empresa brasileira Euro Imported Cars. A companhia foi descoberta em um esquema de importação ilegal na operação Black Ops, que desarticulou uma organização ligada à máfia de caça-níqueis em 2011. Na acusação o MPF já havia pedido a condenação.
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O volante do Fluminense Rodrigo Oliveira de Bittencourt, conhecido como Diguinho, também havia sido acusado na ação pelo crime de receptação, por ter comprado de Emerson a BWM abaixo do valor de mercado. No entanto, o jogador teve o benefício da da suspensão condicional do processo, uma vez que não tem condenações anteriores e não ser réu em outras ações.
Esse benefício não foi oferecido a Emerson Sheik porque o jogador já tem uma condenação, com sentença transitada em julgado. Além disso, segundo o MPF, o jogador cometeu o crime de contrabando duas vezes.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa de Emerson Sheik não atendeu às ligações. 
No entanto, em fevereiro, o jogador informou que nas alegações finais da defesa, apresentadas em 7 de janeiro, foi sustentado que ele não sabia da procedência do veículo e que seria um "adquirente de boa fé, pois pagou pelo veículo, com aparência de novo, o valor de mercado".
Agente da Receita Federal fotografa carros importados apreendidos em operação da Polícia Federal na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em 2011 (Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

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